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Foi recentemente atribuído aos investigadores do Instituto Catalão de Paleontologia, o Prémio Internacional “Paleonturología 10”, concedido pela Fundação Dinópolis.
O trabalho publicado na revista “Proceedings of National Academy of Science”, analisa a estratégia evolutiva de uma espécie de cabra primitiva que viveu nas ilhas Baleares, de nome Myotragus balearicus.
Esta cabrinha sobrevivente diminuiu o ritmo do seu metabolismo até este passar a funcionar como o de um réptil.
Esta evolução produziu-se para que o animal conseguisse poupar recursos energéticos e assim sobreviver num ambiente onde escasseavam alimentos.
Extinta há três mil anos, esta cabrinha apesar de viver numa ilha onde não tinha predadores, não dispunha de muita vegetação para se alimentar. Salvador Moyà-Solà, um dos autores do estudo, juntamente com Meile Kölher, explica como estes dois factores afectaram o seu organismo.
A evolução desenhou um mamífero adaptado para poupar energia e assim sobreviver. Através do processo de selecção natural, o seu cérebro foi ficando mais pequeno, até ter metade do tamanho do das cabras da Península Ibérica. Esta mudança afectou a sua capacidade de visão e audição – que se tornou muito mais reduzida – o que não era um problema, visto não ter predadores.
Além disso, esta cabrinha também não corria, apenas andava. As suas patas eram curtas e tinham fusões nas articulações, o que as impedia de galopar. O seu ritmo metabólico era muito lento e só atingiam a maturidade aos 12 anos. “Era uma espécie de mamífero de sangue frio, um caso único”, dizem os investigadores.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
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